Amazonas, o Maior Rio do Mundo
Uma cena do documentário. | |
Data em que foi encontrada | 2023 |
Encontrada por | Cinemateca Národní Filmový Archiv |
Estado da mídia | Encontrada |
Amazonas, o Maior Rio do Mundo (também chamado de As Maravilhas do Rio Amazonas) é um documentário mudo produzido entre 1918 e 1920 dirigido por Silvino Santos, um dos primeiros cineastas a fazer registros da Amazônia.[1]
Produção e Desaparecimento
Em uma autobiografia jamais publicada, Santos conta como Amazonas, o Maior Rio do Mundo desapareceu. Filmado ao longo de três anos entre o Brasil e o Peru, o documentário foi roubado em 1918 por um antigo colaborador do cineasta, Propércio de Mello Saraiva, que negociava a venda internacional da obra.
Após conseguir os negativos, Saraiva afirmou ser o diretor responsável pelo trabalho, o renomeou para Wonders of the Amazon e negociou a distribuição para a Inglaterra, onde o documentário foi exibido em um primeiro momento, e posteriormente teve uma boa recepção na Europa. Quase uma década após o roubo, o filme já não podia ser encontrado.
Na época, o filme foi exibido na Amazônia, porém nunca no resto do Brasil, por ter sido roubado.[2]
Sinopse
Um registro das diversas manifestações culturais e naturais que acontecem ao longo do curso do rio Amazonas. Percorrendo do Pará ao Peru, o filme mostra festas populares como o Círio de Nazaré, plantações, belezas naturais, a vida da cidade e dos povos indigenas que habitavam a região.
Disponibilidade
De acordo com múltiplas fontes, o documentário foi encontrado nos arquivos da Národní Filmový Archiv, cinemateca localizada em Praga, República Tcheca. Segundo informações, a obra estava catalogada de maneira errada, descrita como uma produção estadunidense datada de 1925. Após análises realizadas por pesquisadores, entre eles o especialista em cinema mudo Jay Weissberg, conclui-se que a obra encontrada na cinemateca tcheca de fato trata-se de "Amazonas, o Maior Rio do Mundo", encerrando uma busca de mais de 100 anos.
Exibições
No dia 10 de outubro de 2023, o filme foi exibido no Giornate del Cinema Muto (Festival de Cinema Mudo de Pordenone), na Itália. Em 22 de novembro de 2023, o documentário foi exibido pela primeira vez no Brasil, na Cinemateca Brasileira. Outras sessões Brasil afora devem ocorrer em 2024.[3]